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por Fausto Junior
Sétimo ano do Caderno de Cinema. Venho cumprir minha tarefa de padrinho do site e escrever alguma coisa para marcar a data – 17 de abril. Uma observação: esta é a 902ª publicação do Caderno. Agora faltam 98 para chegarmos a mil postagens.
2019 – Cenário tenebroso no país, apesar dos avisos. Sim, vamos falar sobre regimes autocráticos, golpes e coisas do tipo. Entre as 901 matérias do Caderno, várias abordam estes temas espinhosos. Peguei sete artigos para serem lidos ou relidos:
1) O cinema e os direitos humanos, por Maurício Moura (nov/2013)
O papel do cinema na difusão de ideias relacionadas à defesa dos direitos humanos.
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2) O imbecil, Brecht e a pós-verdade, por Raul Moreira (abr/2017)
As guerras da (des)informação e uma analogia ao clássico Fahrenheit 451.
3) A boçalidade do mal, por Eliane Brum (mar/2015)
Publicado originalmente no serviço brasileiro do El País, um artigo (como sempre) longo, minucioso e forte de Eliane Brum. Neste ela faz comentários, citando Hannah Arendt, sobre a espiral de ódio e intolerância entre pessoas normais, tranquilas. E a participação das redes sócias da internet neste processo.
“A banalidade do mal se instala na ausência de pensamento.”
Em outra ocasião do aniversário do Caderno cheguei a listar este artigo.
4) O dia que durou 21 anos, por Giovanni Soares (maio/2013)
Também já mencionei este artigo num dos aniversários do Caderno, mas vale a pena citar de novo. Giovanni fala sobre o documentário de mesmo nome, dirigido por Camilo Tavares, que mostra – com documentos secretos, depoimentos, imagens inéditas e áudios norte-americanos oficiais e raros – a participação do governo dos Estados Unidos no golpe de Estado no Brasil em 1964.
5) A prisão de Lupicínio Rodrigues, por José Ribamar Messa Freire (fev/2016)
O artigo fala sobre o pouco conhecido caso da prisão de Lupicínio Rodrigues durante a ditadura militar, apesar de não ter maiores envolvimentos com política.
6) A peleja de Olney, por Cesar Fernando de Oliveira (jun/2015)
O cineasta Cesar Fernando faz um depoimento emocionado sobre o filme Sinais de Cinza – a Peleja de Olney Contra o Dragão da Maldade (2013), dirigido por Henrique Dantas, e que por sua vez fala sobre a obra de Olney São Paulo, cineasta perseguido e torturado durante a ditadura militar.
7) E o pior ainda está por vir, por Wagner Moura (maio/2016)
Em artigo que foi publicado no jornal Zero Hora (e rejeitado pelo Estadão), Wagner fala sobre o embate do setor cultural com o “governo” Temer, que tinha acabado de tomar o poder. Sim, o pior ainda estaria por vir…
parabéns jorge alfredo
pelos sete anos
de opinião e resistência
do caderno
ajudando a gente
a fazer a lição de casa
de cinema
abraço forte
de cinema